São modelos, atores e cantores. Os rostos de Naomi Campbell, Julie Walters e Elton John em ambiente festivo congestionaram, esta semana, todo o ciberespaço. Mas, ainda assim, o alarme soou na conta do Twitter do WWD: a consolidação chegou à Burberry, depois de ainda em março ter tomado conta da Marc Jacobs.
Adeus, Burberry London, Burberry Brit e Burberry Prorsum. Adeus, múltiplas equipas de design. Olá, Burberry.
Um dia depois da campanha “Festive” apresentar o seu casting de luxo e a casa erguida em 1856 por Thomas Burberry ocupar os portais da especialidade e redes sociais com igual destaque, chegava a notícia de que a Burberry tem já a sua consolidação agendada para o final de 2016.
O anúncio da fusão acabaria assim por roubar algum protagonismo a figuras como Naomi Campbell, Julie Walters, Elton John, James Bay, Romeo Beckham ou Rosie Huntington-Whiteley – todos reunidos pela lente de Mario Testino e na interpretação do mais recente fashion film da marca britânica.
Em comunicado, Christopher Bailey, CEO e diretor criativo da marca, explicava a decisão. «O comportamento do consumidor do luxo está a evoluir, o seu estilo é mais fluido e isso é refletido na forma como compra. As mudanças que estamos a fazer permitem-nos servir este novo comportamento mais intuitivamente. Ao unificar as nossas três linhas numa mesma marca podemos oferecer também uma experiência mais consistente das coleções Burberry», justificou Bailey.
Todos os produtos da nova vida da marca serão desenhados e desenvolvidos em Londres.
Não obstante o seu impacto, as notícias da Burberry não se esgotaram por aqui, sendo que a empresa anunciou também a abertura de uma fábrica em Leeds, Inglaterra, num investimento de 77 milhões de dólares (cerca de 70 milhões de euros) que irá criar 1000 postos de trabalho quando abrir portas em 2019. Tudo isto em prol do compromisso “made in Britain” feito pela marca.
Com o plano de consolidação da Burberry em andamento, rapidamente ressoa na memória o mês de março, altura em que Marc Jacobs anunciou o fim de linha Marc by Marc Jacobs (ver Fim de linha?). As marcas Donna Karan (ver O adeus de Donna Karan) e Victoria Beckham adotaram a mesma estratégia. E até Vivienne Westwood já revelou a intenção de reduzir o número de linhas que assina para duas (metade das atuais).
Será este o início do fim das casas de moda multimarca?
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