A nova exposição do Metropolitan Museum of Art mostra como o punk influenciou criadores como Vivienne Westwood e Balenciaga.
Depois de 40 anos de existência, o punk é o tema de uma exposição do Metropolitan Museum of Art (MET). Com um cenário de roupas rasgadas e com alfinetes de segurança, incluindo t-shirts de Vivienne Westwood com Malcolm McLaren e coordenados mais requintados de Zandra Rhodes e Gianni Versace, a mostra abrange o estilo do mais ao menos refinado.
«Acho que é fantástico – o abraçar da abrangência e do respirar de uma cultura, como
na arte», afirma Thomas P. Campbell, diretor do MET, enquanto Andrew Bolton, curador da exposição “Punk: Chaos to Couture”, fala da «promessa, objetivo e prospeção» de um estilo de rua que cresceu de uma cultura de «não futuro».
A exposição, que abriu a 9 de maio, traça a fusão pouco provável de um movimento conhecido por música primitiva, abuso de drogas e gritos contra os cânones sociais e o mundo cheio de brilho da moda de luxo.
As galerias do MET encheram-se, assim, de vestuário de gama alta inspirado no punk. Um vestido de noite da Versace da coleção primavera-verão de 1994 exibe enormes alfinetes de dama. Um minivestido Balenciaga, drapeado com correntes, do outono-inverno de 2004, encontra-se perto de um vestido Givenchy em seda de chiffon rosa com fechos dourados, pertencente à coleção para a estação quente de 2011.
A cena parece longe da banda sonora da exposição, com as músicas dos Sex Pistols a clamar pela necessidade de “chocar as pessoas” e ser “obsceno e escusado quanto possível”. Contudo, como sublinha a curadoria da exposição, a comercialização e a moda nunca estiveram longe da experiência punk.
Etiquetas: punk